Vamos voltar alguns anos...
Então onde está o quadriciclo?
Francisco esperava ansioso pelo Natal todo ano, do minuto em que começava a escurecer e ficar frio lá fora. Ele esperava impacientemente pela primeira neve e, assim que ela caía, ele escrevia uma carta para Papai Noel. A mãe de Francisco explicava que Papai Noel era muito ocupado e por isso ele não deveria esperar por uma resposta, mas isso não o impedia de sonhar com todos os presentes desejados – e só a ideia de que sua carta chegaria algum dia no Polo Norte e seria lida por Papai Noel era suficiente. Oito anos atrás, Francisco escreveu outra carta que também não foi respondida (muito embora é preciso ser dito que os presentes que recebeu eram os certos – exceto pelo quadriciclo que ele queria muito; perdido em alguma tempestade de neve, seus pais disseram) e uma ponta de dúvida ficou em sua cabeça... O que aconteceu é que conhecíamos Papai Noel muito bem. Não há muito tempo, quando crianças, tínhamos o mesmo problema...
Litros de chocolate quente
Decidimos entrar em contato com o Papai Noel em pessoa e resolver seu problema relacionado à troca de cartas. Após longas conversas em sua casa e litros de chocolate quente, ficou decidido que a partir de então Papai Noel não só responderia às crianças ao redor do mundo, como também escreveria e enviaria as cartas ele mesmo. Claro, haveriam alguns problemas – idiomas, distâncias e selos – mas conseguimos fazer dar certo. No fim de tudo, esta foi a alegria do Natal...
Oficina finlandesa
Começamos o trabalho e criamos, com o próprio Papai Noel, a mais perfeita carta personalizada. Um papel especial de uma oficina finlandesa foi adornado com desenhos de nosso talentoso amigo artista e finalizada com um selo em marca d´água dourado feito à mão, desenhado por um excêntrico amigo escandinavo. ‘Vai dar certo?’ pensamos. Deixamos com a criatividade de Papai Noel e nos mantivemos positivos.
Dez meses depois, as primeiras cartas foram lançadas no mundo. Francisco e seu irmão mais novo foram um dos primeiros a recebê-la – todos da família ficaram surpresos (com razão!) pela animação súbita e inexplicável. ‘É verdade’ disse o avô deles depois de uma análise cuidadosa, ‘é um original do Papai Noel’. A casa deles ficou mais ainda mais cheia de alegria. Finalmente, tudo fazia sentido...
Apenas dez meses depois, as primeiras cartas foram lançadas no mundo. Francisco e seu irmão mais novo, Adriano, foram alguns dos primeiros destinatários de nossas cartas (mesmo o pai deles começou a pensar no desaparecimento suspeito do quadriciclo no ano anterior), enquanto o resto da família foi tomada por uma excitação súbita e inexplicável. Até o avô deu uma olhada na carta recém-aberta, olhou o selo e disse: “Eu confirmo, isto é genuíno” – piscando ao pai. Neste momento, a alegria das crianças alcançou o auge e analisaram interminavelmente o conteúdo das cartas. Finalmente, tudo fazia sentido.
O grande final
Finalmente conseguíamos admitir para nós mesmos que, se duas cartas podiam trazer tanta alegria, só havia apenas uma coisa a fazer: um trabalho sério de escrita com Papai Noel. Até hoje, essa história nos enche de energia e entusiasmo – principalmente o próprio Papai Noel. Veremos todos vocês muito em breve...